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A forma na arquitetura
Desde sempre o desenho, como intenção de organizar, de planear, de imaginar,tornou-se o único instrumento de trabalho para o arquitecto. Planeou cidades, planeou colunas torneadas, ou mais difícil ainda, lisas,boleadas, quase perfeitas e cilíndricas mas ainda que para obter um efeito de perspectiva ao olho nú e escala humana, foi polindo, talhando aquilo que achava ser a forma, a proporção, a dimensão exacta.
A utopia, levou a que em extremo, se desenhasse o impossível, com o objectivo de testar a criatividade e com esta, forçar a resposta física e tecnicamente possível para concretizar esses sonhos, essa imaginação. O desenho, é e sempre foi então a nossa maior arma para descobrir sem limites e sem o rigor de uma medida, o acto criativo e com ele a proposta, a forma, o objecto a criar.
O desenho torna-se assim, a par de toda a tecnologia informática que nos pode auxiliar, a única forma de sonharmos, antes de materializarmos o que pretendemos. Torna-se imperativo, manter esta capacidade de representação, o domínio sobre a tridimensionalidade, sem que a representação gráfica bidimensional domine o acto criativo e com esta a consequente redução da qualidade produzida.
Chamemos a nós o desenho como forma de representar o espaço, usemos todos os meios ao nosso dispor, virtuais, simulados, tecnicamente perfeitos porque concebidos para usar esta ferramenta, mas sempre em prol da qualidade, do cuidado do desenho e das regras de representação que sempre estiveram presentes no exercício profissional do arquitecto.